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Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país.
E o vento conta a desgraça.
Eis o que o vento me diz:

domingo, 14 de agosto de 2011

SE VOGLIAMO CHE TUTTO RESTI COM'È, BISOGNA CHE TUTTO CAMBI



I. Indecisões de Julho

Junho tinha terminado com a aprovação, pelo Parlamento grego, de um severo programa complementar de Austeridade:
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Julho começou com a prometida reacção positiva do IIF (Institute of International Finance):

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Dias depois, com os juros implícitos da dívida pública italiana a subir em flecha face aos da Alemanha, a Austeridade começou a rondar a Itália.


Aqui vão, em síntese, alguns dados essenciais sobre a exposição dos bancos da UE à dívida pública da Grécia e de Portugal (em Dezembro de 2010 era esta a situação do conjunto dos PIIGS):

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É vulgar dizer-se que "não sabemos quem manda na Europa":

Em meados de Julho, às indecisões na UE somavam-se indecisões no outro lado do Atlântico:
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II. Decisões de Julho

A Austeridade proposta pelo governo de Berlusconi não tardou a ser aprovada pelo Parlamento italiano:
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Seguiram-se as primeiras Grandes Decisões de Julho - sobre a Grécia e não só - logo após uma (muito conveniente) cimeira Merkel/Sarkozy e na sequência de várias (não menos convenientes) cimeiras da alta finança internacional, enquadradas pelo IIF:



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Estas decisões foram apontadas como "cruciais" para o futuro de uma Europa que se vê cada vez mais grega para resolver os seus múltiplos problemas a contento de todos, dos países "centrais" aos países "periféricos", dos "mercados" aos eleitorados. Foram recebidas com muitos suspiros de alívio e, aqui e ali, com algum entusiasmo - apesar de ainda terem de ser ratificadas, até ao fim do Verão, por todos os parlamentos nacionais no âmbito da UE.

Let's Dance!

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Contudo, diversos comentários pouco entusiásticos não tardaram a aparecer, entre eles o comentário da Dagong, que reflecte a visão oblíqua que o mais relevante país Emergente tem de uma Europa em risco de se tornar "Imergente":
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Já com o mês a chegar ao fim, foi a vez das Grandes Decisões de Julho no outro lado do Atlântico:

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III. Agosto Escaldante

"Agências de rating" vs "Estados Unidos da América":


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"Estados Unidos da América" vs "Standard & Poor's":
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Entretanto, os mercados têm estado muito nervosos: Afundamentos dos índices bolsistas, ouro (il remedio della nonna) em alta, etc.



Com a quebra do crescimento europeu, os mercados vão continuar nervosos:

Entretanto, o plano de austeridade proposto pelo Governo Berlusconi - aprovado em meados de Julho pelo Parlamento italiano - e a cimeira europeia do dia 21 não lograram impedir a subida acentuada das taxas de juro implícitas da dívida pública italiana:

Taxas de juro implícitas da dívida pública italiana a 10 anos

Já nos primeiros dias de Agosto, o problema foi defrontado com um "negócio à italiana" (onde é que já vimos este filme ou outro parecido?):

AFFARE ALL'ITALIANA



O BCE aceitou intervir de imediato no mercado secundário, aí comprando maciçamente dívida pública de Itália (e também de Espanha, por razões semelhantes); em contrapartida, o Governo Berlusconi aceitou impor aos italianos um novo pacote de Austeridade, ainda mais draconiano que o aprovado semanas antes.

Segundo o jornal "Corriere della Sera", o Governo tinha recebido no dia 4 ou 5 de Agosto uma carta assinada conjuntamente pelo actual presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e pelo futuro responsável por essa instituição europeia - o ainda governador do Banco de Itália, Mario Draghi -, instando Berlusconi a acelerar a adopção de medidas para reduzir a "rigidez" do mercado de trabalho, concretizar um ambicioso ciclo de privatizações, etc., combinadas com um endurecimento na "consolidação orçamental" para chegar mais rapidamente às metas do défice.

Pouco depois de anunciar - na 6ª feira, dia 12 de Agosto - a aprovação do novo pacote pelo Governo que lidera, Berlusconi anunciou também que o dito plano tinha recebido de Merkel e e de Trichet "uma profunda apreciação"

NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA


O que eles querem mudar para que fique tudo na mesma




IV. A Crise Internacional

Opinião de Joseph Stiglitz (1º e 3ª semanas de Agosto de 2011)


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Opinião de Nouriel Roubini (Julho e Agosto de 2011)


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Opinião de David Harvey (Abril de 2010)
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